Boas práticas de fabricação de alimentos no contexto da Covid-19

Autores

  • Ana Paula Garcia Fernandes dos Santos Mestranda da Universidade Federal do Paraná https://orcid.org/0000-0002-8589-3404
  • Cilene Silva Ribeiro Doutorado em História. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Coordenadora do Curso de Vigilância Sanitária e Controle de Qualidade Aplicado na Produção de Alimentos, Programa de Pós-Graduação do setor de Nutrição. https://orcid.org/0000-0002-1899-4408
  • Gabriela Moraes Fortuna Discente do Curso de Vigilância Sanitária e Controle de Qualidade Aplicado na Produção de Alimentos, Programa de Pós-Graduação do setor de Nutrição da PUC-PR https://orcid.org/0000-0002-3329-9390

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2021.61905

Palavras-chave:

Boas práticas de fabricação. Restaurantes. Coronavírus.

Resumo

Introdução: Após o início da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, o mundo se deparou com a necessidade do isolamento social. Todos os serviços não considerados essenciais tiveram a orientação de permanecerem fechados por tempo indeterminado. Nesse cenário, os serviços de alimentação puderam continuar funcionando, porém, com uma gama de alterações em suas rotinas e nas boas práticas de fabricação. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar as principais mudanças ocorridas nas boas práticas de fabricação de Unidades de Alimentação, após o início da pandemia do novo coronavírus. Método: Foi realizado um estudo qualitativo, com produção de dados por meio de entrevistas on-line, com gestores de Unidades de Alimentação. O questionário utilizado foi desenvolvido especialmente para este projeto, sendo segmentado em três etapas: dados pessoais, dados da unidade e alterações realizadas devido à pandemia. Resultado: Ao total, a pesquisa obteve 70 respostas, provenientes de profissionais que atuam na cidade de Curitiba-PR. Dentre as medidas mais citadas, destaca-se a aquisição de novos equipamentos de proteção, redução da capacidade do refeitório e aumento no uso de produtos de limpeza e álcool em gel. Conclusão: O fortalecimento das boas práticas e a implantação de medidas de segurança adicionais podem contribuir para a redução da transmissão do novo coronavírus, mas é fundamental que os profissionais adotem unicamente medidas baseadas nas legislações vigentes e nas orientações dos principais órgãos de saúde, a fim de evitar a disseminação de informações dúbias e errôneas.

Biografia do Autor

Ana Paula Garcia Fernandes dos Santos, Mestranda da Universidade Federal do Paraná

Mestranda do Programa de Pós Graduação em Alimentação e Nutrição da Universidade Federal do Paraná e Nutricionista de Produção do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba-PR

Cilene Silva Ribeiro, Doutorado em História. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Coordenadora do Curso de Vigilância Sanitária e Controle de Qualidade Aplicado na Produção de Alimentos, Programa de Pós-Graduação do setor de Nutrição.

Doutorado em História. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Coordenadora do Curso de Vigilância Sanitária e Controle de Qualidade Aplicado na Produção de Alimentos, Programa de Pós-Graduação do setor de Nutrição.

Gabriela Moraes Fortuna, Discente do Curso de Vigilância Sanitária e Controle de Qualidade Aplicado na Produção de Alimentos, Programa de Pós-Graduação do setor de Nutrição da PUC-PR

Graduação em Nutrição. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Discente do Curso de Vigilância Sanitária e Controle de Qualidade Aplicado na Produção de Alimentos, Programa de Pós-Graduação do setor de Nutrição.

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Publicado

2021-12-30

Como Citar

Fernandes dos Santos, A. P. G., Ribeiro, C. S., & Fortuna, G. M. (2021). Boas práticas de fabricação de alimentos no contexto da Covid-19. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 16, e61905. https://doi.org/10.12957/demetra.2021.61905

Edição

Seção

Alimentação para Coletividades