Unidades de Conservação: uma reconexão com a natureza, pós COVID-19

Autores

  • Marta Regina da Silva-Melo Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp), Campo Grande, MS
  • Gleidson André Pereira de Melo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul
  • Neiva Maria Robaldo Guedes Universidade Anhanguera-Uniderp

DOI:

https://doi.org/10.34024/revbea.2020.v15.10859

Palavras-chave:

Biofilia, Áreas Protegidas, Ambientes Restauradores

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo analisar a importância das Unidades de Conservação como espaços de reconexão com a natureza, pós-COVID-19. Os procedimentos que orientaram o estudo contribuíram com a fase descritiva dos fenômenos e sua relação com a necessidade de aprimorar tendências biofílicas. A partir de um amostra aleatória não-probabilista, os resultados apontaram que ambientes naturais são capazes de proporcionar sensação de bem-estar, após a pandemia do novo coronavírus. Diante de um novo “normal,” as Unidades de Conservação se notabilizam como espaços naturais importantes para amenizarem os efeitos da ansiedade e estresse causados pela COVID-19.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marta Regina da Silva-Melo, Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp), Campo Grande, MS

Bacharel em Turismo - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.

Gleidson André Pereira de Melo, Instituto Federal de Mato Grosso do Sul

Mestrado em Entomologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA); aluno da Especialização em Docência para Educação Profissional e Tecnológica (EPCT) pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).

Neiva Maria Robaldo Guedes, Universidade Anhanguera-Uniderp

Presidente do Instituto Arara Azul e Professora titular do Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional (UNIDERP).

Referências

BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília, DF: Senado, 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 13 jun. 2020.

BECKER, D.; SOLÉ, D.; TING, E.; EISENSTEIN, E.; MARTINS FILHO, J.; FLEURY, L.; SILVA, L. R.; BARROS, M. I A.; GHELMAN, R.; WEFFORT, V. R. S. Benefícios da Natureza no Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes. Manual de Orientação. São Paulo: Instituto Alana e Sociedade Brasileira de Pediatria, 2019. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/manual_orientacao_sbp_cen_.pdf>. Acesso em: 10 maio 2020.

BERTO, R.; BARBIERO, G.; BARBIERO, P.; SENES, G. An individual’s connection to nature can affect perceived restorativeness of natural environments. Some observations about biophilia. Behavioral Sciences, v. 8, n.3, p. 34, 2018.

BRATMAN, G. N.; HAMILTON, J. P.; HAHN, K. S.; DAILY, G. C.; GROSS, J. J. Nature experience reduces rumination and subgenual prefrontal cortex activation. Proceedings of the national academy of sciences, v. 112, n. 28, p. 8567-8572, 2015.

BRÜGGER, A.; KAISER, F. G.; ROCZEN, N. Connectedness to nature, inclusion of nature, environmental identity, and implicit association with nature. European Psychologist, v. 16, p. 324– 333, 2011.

CARVALHO, I. C. M. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2018.

CNUC. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. Painel das Unidades de Conservação Brasileiras. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/cadastro-nacional-de-ucs>. Acesso em: 10 jun. 2020.

FIGGIS, P.; MACKEY, B.; FITZSIMONS, J.; IRVING, J.; CLARKE, P. Valuing nature: protected areas and ecosystem services. Australian Committee for IUCN: Sydney, NSW, 2015.

FUREDI, F. Para uma sociologia do medo. In: MENDES, J. M. O. (Coord.). Risco, cidadania e Estado num mundo globalizado. Coimbra: Contexto, CES – Centro de Estudos Sociais, 2013, p. 191-210.

GRESSLER, S. C.; GÜNTHER, I. A. Ambientes restauradores: definição, histórico, abordagens e pesquisas. Estudos de Psicologia, v. 18, n. 3, p. 487-495, 2013.

HARTIG, T.; KORPELA, K.; EVANS, G. W.; GÄRLING, T. A measure of restorative quality in environments. Scandinavian housing and planning research, v. 14, n. 4, p. 175-194, 1997.

HINDS, J.; SPARKS, P. Engaging with the natural environment: The role of affective connection and identity. Journal of environmental psychology, v. 28, n. 2, p. 109-120, 2008.

HO, C. SH; CHEE, C. Yi; HO, R. Cm. Mental health strategies to combat the psychological impact of COVID-19 beyond paranoia and panic. Ann Acad Med, v. 49, n. 1, p. 1-3, 2020.

HUGHES, J.; ROGERSON, M.; BARTON, J.; BRAGG, R. Age and connection to nature: when is engagement critical? Frontiers in Ecology and the Environment, v.17, n. 5, p. 265-269, 2019.

KELLERT, S. Birthright: People and Nature in the Modern World. Yale University Press, 2012.

KENIGER, L. E.; GASTON, K. J; IRVINE, K.N; FULLER, R. A. What are the Benefits of Interacting with Nature? International Journal of Environmental Research and Public Health, Gland, v.10, p.913-935, 2013.

LANZAS, M.; HERMOSO, V.; DE-MIGUEL, S.; BOTA, G.; BROTONS, L. Designing a network of green infrastructure to enhance the conservation value of protected areas and maintain ecosystem services. Science of the Total Environment, v. 651, p. 541-550, 2019. Acesso em: 19 maio 2020.

LOUV, R. Vitamin N: The essential guide to a nature-rich life. Algonquin Books, 2016.

LOUV, R. A última criança na natureza: resgatando nossas crianças do transtorno do deficit de natureza. São Paulo: Aquariana; 2016.

MACÊDO, F. D. O. A.; LOPES, K. A. P; LOPES, L. A. M. R.; DE FRANÇA CRUZ, R. Ações e experiências de terapeutas ocupacionais no contexto de pandemia da COVID-19/Occupational Therapists actions and expiriences in the COVID-19 pandemic context. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional-REVISBRATO, v. 4, n. 3, p. 318-333, 2020.

MARTINS, H. Humanos e não-humanos em ambientes partilhados: Notas introdutórias a uma antropologia das áreas protegidas. Análise Social, v. 1, n. 226, pp. 28-56, 2018.

MARETTI, C. C.; VON BEHR, M.; SOUZA, T. V. B.; MATOS SCARAMUZZA, C. A.; GUIMARÃES, E.; ELIAS, P. F.; DE BRITO, M. C. W. Ciudades y áreas protegidas en Brasil: Soluciones para el bienestar, la conservación de la naturaleza y la participación activa de la Sociedad. In: GUERRERO, E, F. Voces Ciudades Sostenibles y Resilientes. Bogotá: Ministério de Ambiente y Desarrollo Sostenible, 2019.

MCMAHAN, E. A. Happiness comes naturally: Engagement with nature as a route to positive subjective well-being. In: DIENER, E.; OISHI, S.; TAY, L. (Eds.), Handbook of well-being. Salt Lake City, UT: DEF Publishers, 2018.

MOGHADAM, D. M; SINGH, H. J; YAHYA, W. R. W. A Brief Discussion on Human/Nature Relationship. International Journal of Humanities and Social Science, v. 5, n. 6, p. 90-93, 2015

NAVARRO, O.; TAPIA-FONLLEM, C.; FRAIJO-SING, B.; ROUSSIAU, N.; ORTIZ-VALDEZ, A.; GUILLARD, M.; FLEURY-BAHI, G. Connectedness to nature and its relationship with spirituality, wellbeing and sustainable behaviour (Conectividad con la naturaleza y su relación con la espiritualidad, el bienestar y la conducta sustentable). Psyecology, v.11, n. 1, p. 37-48, 2020.

PANCANI, L.; MARINUCCI, M.; AURELI, N.; RIVA, P. Forced social isolation and mental health: A study on 1006 Italians under COVID-19 quarantine. PsyArXiv, p. 1-21, 2020.

RAJKUMAR, R. P. COVID-19 and mental health: A review of the existing literature. Asian journal of psychiatry, p.102066, 2020. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7151415/>. Acesso em: 12 maio 2020.

RICHARDSON, M.; SHEFFIELD, D. Three good things in nature: Noticing nearby nature brings sustained increases in connection with nature/Tres cosas buenas de la naturaleza: Prestar atención a la naturaleza cercana produce incrementos prolongados en conexión con la naturaleza. Psyecology, v. 8, n. 1, p. 1-32, 2017. >. Acesso em: 12 maio 2020.

ROSA, C. D.; COLLADO, S. Experiences in nature and environmental attitudes and behaviors: Setting the ground for future research. Frontiers in psychology, v. 10, p. 763, 2019.

ROSA, C. D.; PROFICE, C. C. Que tipo de educação ambiental e para quem? Fatores associados a atitudes e comportamentos ambientais. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. 13, n. 1, p. 111-125, 2018.

SCHERTZ, K. E.; BERMAN, M. G. Understanding nature and its cognitive benefits. Current Directions in Psychological Science, v. 28, n. 5, p. 496-502, 2019.

ULRICH, R. S. Aesthetic and affective response to natural environment. In: ALTMAN, I.; WOHLWILL, J. F. (Orgs.), Behavior and the Natural Environment, v. 06, p. 85-120, Nova Iorque: Plenum, 1983.

VAN DEN BERG, A. E.; JOYE, Y.; DE VRIES, S. Health benefits of nature. In STEG, L.; VAN DEN BERG, A E.; DE GROOT, J. I. M. (Eds.), Environmental psychology: An introduction. Oxford: BPS Blackwell, 2012. p. 47-56.

WICK, M. A. L.; SILVA, L. F. Unidades de Conservação e processos em Educação Ambiental. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. 10, n. 1, p. 201-220, 2015.

WILSON, E. O. Biophilia. Boston: Harvard University Press, 1984. 157p.

Downloads

Publicado

03-08-2020

Como Citar

Silva-Melo, M. R. da, Melo, G. A. P. de, & Guedes, N. M. R. (2020). Unidades de Conservação: uma reconexão com a natureza, pós COVID-19. Revista Brasileira De Educação Ambiental (RevBEA), 15(4), 347–360. https://doi.org/10.34024/revbea.2020.v15.10859

Edição

Seção

Edição Especial
Recebido: 2020-06-30
Aceito: 2020-07-20
Publicado: 2020-08-03