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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Número Atual:  Abril-Junho 2022 - Volume 6  - Número 2


Artigo de Revisão

A pandemia de COVID-19 e o seu impacto à saúde planetária

The COVID-19 pandemic and its impact on planetary health

Raphael Coelho Figueredo1; Marilyn Urrutia-Pereira2; Dirceu Solé3


DOI: 10.5935/2526-5393.20220026

1. Departamento Científico de Alergia Ocular da ASBAI, Comitê Científico de Poluição da Sociedade Latino Americana de Asma, Alergia e Imunologia (SLaai)
2. Departamento de Pediatria, Universidade Federal do Pampa, RS. Departamento Científico de Biodiversidade, Poluição e Alergias, ASBAI. Departamento Científico de Toxicologia e Saúde ambiental da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Comitê de Poluição da SLaai
3. Disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia, Departamento de Pediatria, Escola Paulista de Medicina-Universidade Federal de São Paulo. Diretor de Pesquisa da ASBAI. Coordenador dos Departamentos Científicos da SBP. Coordenador do Comitê Científico de Poluição da SLaai


Endereço para correspondência:

Dirceu Solé
E-mail: dirceu.sole@unifesp.br


Submetido em: 28/08/2022
Aceito em: 18/12/2021

Não foram declarados conflitos de interesse associados à publicação deste artigo.

RESUMO

A pandemia de COVID-19 deu ao mundo uma imagem clara do que é uma crise multidimensional em escala planetária, revelando o papel central que ocupa o setor de saúde e as profundas desigualdades no acesso aos cuidados em saúde que existem entre os diferentes países, e dentro de cada um deles. Melhorar os efeitos ambientais do setor e reduzir as emissões de gases de efeito estufa pode não apenas melhorar a saúde de todos, mas também reduzir os custos com os cuidados em saúde. O setor de saúde de cada país libera direta e indiretamente gases de efeito estufa ao fornecer seus serviços e ao comprar produtos, serviços e tecnologias em uma cadeia de fornecimento de carbono intensivo. Educar os profissionais de saúde mais profundamente sobre os efeitos das mudanças climáticas pode levar a práticas clínicas mais sustentáveis, melhorando os resultados para os pacientes e fornecendo um impulso substancial para aumentar os esforços para reduzir as emissões de carbono. O setor da saúde deve assumir a responsabilidade por sua pegada climática respondendo à crescente emergência climática, não apenas prestando assistência aos doentes, feridos ou moribundos como resultado da crise climática e suas causas, mas também fazendo a prevenção primária e reduzindo drasticamente suas próprias emissões.

Descritores: Pandemia, emissões de carbono, saúde planetária.




INTRODUÇÃO

Os efeitos das mudanças climáticas se manifestam na saúde humana em decorrência dos impactos da poluição do ar, do clima severo, dos incêndios florestais, das temperaturas extremas, das mudanças na ecologia de vetores, de problemas com o abastecimento de alimentos, entre outros estressores1.

Essas ameaças à saúde não são vivenciadas de maneira uniforme nas várias regiões geográficas ou populações, pois afetam desproporcionalmente os grupos mais vulneráveis e desfavorecidos, como as pessoas de menor nível socioeconômico, doentes, mulheres e crianças2.

Muita atenção tem sido dada ao papel que os sistemas de saúde têm no combate à mudança climática3. Eles são necessários para sustentar e melhorar o bem-estar humano, mas têm uma pegada ambiental que contribui para ameaças à saúde humana relacionadas ao meio ambiente4.

Melhorar os efeitos ambientais do setor e reduzir as emissões de gases de efeito estufa pode não apenas melhorar a saúde de todos, mas também reduzir os custos com os cuidados em saúde1.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que os custos gerados pelos danos diretos das mudanças climáticas à saúde (sem incluir os custos dos danos mediados pelos efeitos na agricultura, água e saneamento) atingirão entre US$ 2 bilhões e US$ 4 bilhões por ano até 20305, para atender às Metas dos Objetivos de Desenvolvimento para a cobertura universal de saúde6.

Desta maneira, atingir essas metas de saúde pode resultar na geração de um adicional de 382 milhões de toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) em um ano. Isto aumentaria a pegada de carbono global da saúde em cerca de 16% ou de 2,4 bilhões toneladas, acentuando o impacto ambiental dos cuidados em saúde, contrariando assim a sua missão principal4.

As diferenças nos desafios da saúde entre países de alta e baixa renda, e como esses desafios se relacionam com o impacto ambiental, são considerações importantes. Em muitos países de baixa renda, a prestação de cuidados em saúde é insuficiente e a saúde da população é muitas vezes comprometida. Diferentemente do que ocorre com os países de alta renda, que têm gastos altos com saúde, acompanhada de importantes práticas de desperdício4,7.

Os serviços de saúde participam deste ciclo ao produzirem resíduos e não os segregarem e os descartarem corretamente, ao consumirem muita água ou energia de forma não racional, ao não realizarem a coleta seletiva adequada, descartando embalagens ou outros materiais que poderiam ser recicláveis em lixo branco, ou continuarem utilizando copos descartáveis para sua equipe. Também há prejuízo ambiental ao continuarem construindo prédios não sustentáveis, com pouca iluminação e sem ventilação natural, sem pensar em energias mais sustentáveis como as fotovoltaicas, e não construírem cisternas para coleta de água de chuva ou reuso de água entre outros; ou seja, ao continuarem com estas ações não sustentáveis estão aumentando sua pegada de carbono8, gerando mais gases de efeito estufa e contribuindo para o aquecimento global, que irá prejudicar a saúde das pessoas, que voltarão com mais frequência e adoecidas aos serviços. É necessário romper este ciclo9.

O objetivo desse estudo foi avaliar e relacionar as pegadas ambientais da saúde, não apenas aos gastos com saúde, mas também à qualidade da prestação de serviços de saúde, aos resultados de saúde e à desigualdade10.

 

FONTES DOS DADOS

Revisão não sistemática da literatura, com busca de artigos nas bases PubMed, Google Scholar, SciELO e Embase publicados entre 2017 e 2022, em língua inglesa, francesa ou espanhola, tendo como palavras de busca "footprint" ou "COVID-19" ou "decarbonization" "health care services" E "planetary health" ou "health care". O levantamento bibliográfico foi realizado em janeiro de 2022.

 

FONTES DA PEGADA CLIMÁTICA DO SETOR DA SAÚDE9

Embora existam diferenças significativas de escala, o setor de saúde de cada país libera direta e indiretamente gases de efeito estufa ao fornecer seus serviços e ao comprar produtos, serviços e tecnologias em uma cadeia de fornecimento de carbono intensivo.

O setor de saúde contribui para as emissões de gases de efeito estufa por consumir energia, transporte e fabricação, uso e descarte de produtos. A seguir várias observações9:

- as emissões provenientes diretamente das unidades de saúde constituem 17% da pegada global do setor, e as emissões indiretas de fontes de energia compradas (eletricidade, vapor, refrigeração e aquecimento) representam outros 12%;

- a maior parcela das emissões (71%) vem principalmente da cadeia de suprimentos do setor de saúde pela produção, transporte e descarte de bens e serviços (produtos farmacêuticos e outros produtos químicos, alimentos e produtos agrícolas, dispositivos médicos, equipamentos e instrumentos hospitalares);

- três quartos do total das emissões do setor de saúde, incluindo as da cadeia de suprimentos, são gerados em nível nacional. Isso significa que cerca de um quarto das emissões totais do setor são geradas fora do país onde o produto será utilizado;

- a utilização de combustíveis fósseis é um fator central em termos de emissões do setor. O consumo de energia, principalmente a queima de combustíveis fósseis, representa mais da metade da pegada climática do setor de saúde.

 

IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID

A pandemia de COVID-19 deu ao mundo uma imagem clara, mas chocante do que é uma crise multidimensional em escala planetária, revelando o papel central que ocupa o setor de saúde e as profundas desigualdades no acesso aos cuidados de saúde que existem entre os diferentes países e dentro de cada um deles11.

A prestação de cuidados de saúde é a segunda maior área de oportunidade para a descarbonização1. A pandemia destacou a necessidade de fortalecer e transformar os sistemas de saúde, a fim de prepará-los para futuras pandemias e para outros grandes desafios da saúde no século XXI, as mudanças climáticas.

Educar os profissionais de saúde mais profundamente sobre os efeitos das mudanças climáticas pode levar a práticas clínicas mais sustentáveis, melhorando os resultados para os pacientes e fornecendo um impulso substancial para aumentar os esforços para reduzir as emissões de carbono12.

É necessário permitir que os profissionais de saúde entendam suas próprias pegadas, o que ajudará a impulsionar mudanças na prática, além de resultar em parcerias com redes profissionais, formuladores de políticas, comunidades, para a elaboração e implementação de planos conjuntos13.

A OMS, em relatório recente, exorta a necessidade de melhoras urgentes nos sistemas de gestão de resíduos, devido a milhares de toneladas de resíduos médicos extras produzidos em resposta à pandemia de COVID-19. O relatório alerta que os resíduos de saúde relacionados à COVID-19 colocaram uma enorme pressão nos sistemas de gerenciamento de resíduos em todo o mundo, ameaçando a saúde humana e ambiental14.

O relatório estima que um bilhão e meio de unidades de equipamentos de proteção individual (EPI) que gerou 87.000 toneladas foram adquiridos entre março de 2020 e novembro de 2021, e enviados para países de todo o mundo por uma iniciativa conjunta de emergência da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, isso representa apenas uma pequena fração do problema global total de resíduos, pois não inclui os EPI comprados fora da iniciativa ou dos resíduos gerados pelo público, como as máscaras faciais descartáveis14.

Globalmente, três em cada 10 estabelecimentos de saúde não possuem sistemas de segregação de resíduos que normalmente consomem, muito menos teriam para gerenciar o aumento em volumes de resíduos, provocados pela pandemia.

O relatório também alerta que a má gestão de resíduos tem o potencial de afetar a saúde de trabalhadores por ferimentos perfuro-cortantes, queimaduras e exposição a microrganismos patogênicos, e também podem afetar comunidades que vivem nas proximidades de aterros sanitários e locais de deposição de resíduos, inalando o ar contaminado, má qualidade da água ou pragas transmissoras de doenças14.

A produção de plástico mais do que duplicou, levantando preocupações sobre os impactos de curto prazo sobre a água, oceanos e qualidade do ar (de queimadas) além dos impactos de longo prazo das partículas nanoplásticas15.

Cento e quarenta milhões de kits de testes para COVID-19 foram disponibilizados globalmente. Isto gerou 2.600 toneladas de resíduos não infecciosos e 731.000 litros de resíduos químicos, segundo o relatório12. Além disso, mais de oito bilhões de doses de vacina foram administradas, produzindo 144.000 toneladas de resíduos adicionais na forma de seringas, agulhas e caixas de segurança14.

Os resíduos plásticos gerados pelos testes e vacinas são incinerados e provocam um peso adicional aos sistemas de gestão de resíduos já sobrecarregados e aumentam a poluição onde a incineração não é bem controlada16.

O uso excessivo de luvas tem gerado um problema de longa data mesmo antes da pandemia de COVID-19, por resultar em custos financeiros desnecessários e impactos ambientais adversos. É necessário garantir que quantidades adequadas de suprimentos (incluindo água e sabonete ou álcool em gel) sejam fornecidos nos locais certos e haja treinamento e monitoramento com relação ao uso direcionado17.

O relatório recomenda fundamentalmente: (a) redução do consumo desnecessário de EPIs promovendo o seu uso seguro e racional, (b) usar embalagens menores e mais sustentáveis, (c) desenvolver EPI reutilizáveis e de fácil desinfecção, (d) confecção de EPI com maior proporção de materiais renováveis ou recicláveis, (e) uso de tecnologias como autoclaves como alternativa à queima, (f) investimento na produção local de EPIs14.

Além disso, o fortalecimento dos sistemas de captação de resíduos de saúde, com a implantação de melhorias, normas e regulamentações mais sustentáveis, monitoramento e relatórios regulares, e aumento dos investimentos na gestão segura de resíduos, juntamente com infraestrutura de água, saneamento, higiene, energia, além de uma força de trabalho bem treinada e capacitada, capaz de gerenciar com segurança os resíduos e uso de EPIs necessários14.

Levando em consideração todo o exposto, o que podemos fazer para estimular a descarbonização na atenção primária? Como podemos mudar nossas práticas para construir adaptação e resiliência a estas mudanças?

Elas podem ser alcançadas por ações de grande impacto11, como:

- abastecer o setor de saúde com eletricidade 100% limpa e renovável;

- investir em infraestrutura e prédios com emissões zero;

- iniciar uma transição para meios de transporte sustentável com emissão zero;

- fornecer alimentos saudáveis cultivados de forma sustentável;

- incentivar a fabricação de produtos farmacêuticos com baixas emissões de carbono;

- implementar cuidados circulares em saúde e gestão resíduos de saúde sustentáveis;

- estabelecer sistemas de saúde mais eficientes. Reduzir as emissões aumentando a eficácia do sistema, remover práticas desnecessárias e ineficientes, vincular a redução de emissões com a qualidade do cuidar e construir resiliência18.

 

COMO PODEMOS COLABORAR INDIVIDUALMENTE

Mesmo as clínicas particulares de saúde podem de modo consciente colaborar com a diminuição da pegada de carbono (Tabela 1). A seguir descreveremos as adaptações realizadas para atingir essas metas de descarbonização. Clínica de Alergia e Imunologia com área de 102 m2 e composta por três consultórios (imunologia, infectologia e dermatologia), uma sala de exames e uma sala de vacinas, com um fluxo diário médio de atendimento de 100 pessoas. Por ter janelas de vidro, amplas e em todos os ambientes, tem a iluminação natural como a principal fonte de luminosidade. Além disso, a instalação de placas solares no teto do edifício tem sido suficiente para suprir a demanda energética da clínica. Outro ponto a observar diz respeito à geração de lixo. A mudança para uso de copos descartáveis para biodegradáveis (são reutilizáveis e se decompõem em 18 meses) e a substituição do papel toalha por secadores a vapor ajudou nesse controle. A substituição de coleta seletiva dos resíduos contaminados - separados em sacos de cores diferentes - em parceria com a secretaria municipal do meio ambiente é capaz de gerar renda ao município.

 

 

A pandemia trouxe a oportunidade legal da telemedicina, facilitando o atendimento de pacientes a qualquer distância no território nacional, com isso diminui a emissão de gases e poluentes por não haver deslocamento de veículos. Ao usar prontuário eletrônico e receituário digital evita-se desperdício de materiais gráficos e consumo de papéis, árvores e florestas.

Além de tudo anteriormente mencionado, na dependência da localidade de atuação, para diminuir ainda mais a geração de poluição, nós como profissionais da saúde podemos substituir o nosso deslocamento por veículos menos poluentes, como os elétricos ou bicicletas.

Todas estas medidas geram menos custos em curto, médio e longo prazo, além de impactos positivos para a saúde global (Tabela 1). Portanto, mudanças práticas na nossa rotina em nossas clínicas podem trazer grandes benefícios do ponto de vista econômico, ambiental e, por que não, mental.

 

CONCLUSÃO

O setor da saúde deve assumir a responsabilidade por sua pegada climática respondendo à crescente emergência climática, não apenas prestando assistência aos doentes, feridos ou moribundos como resultado da crise climática e suas causas, mas também fazendo a prevenção primária e reduzindo drasticamente suas próprias emissões.

O setor deve levar adiante essa iniciativa e, ao mesmo tempo, atingir as metas globais de saúde, como a cobertura universal de saúde e trabalhar para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, educando seus profissionais de modo mais profundo sobre os efeitos que as mudanças climáticas podem levar a práticas clínicas mais sustentáveis.

A mudança climática, em todas as suas dimensões, se tornará uma prioridade crescente para consumidores e tomadores de decisão em todas as sociedades ao redor do mundo, e o setor da saúde deve assumir a liderança na resolução deste grave problema.

 

REFERÊNCIAS

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7. Nansai K, Fry J, Malik A, Takayanagi W, Kondo N. Carbon footprint of Japanese health care services from 2011 to 2015. Resour Conserv Recycling. 2020;152:104525. doi:10.1016/ j.resconrec.2019.104525.

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