Prevalência de sintomas neuropsiquiátricos em profissionais de saúde brasileiros durante a pandemia de COVID-19

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Thales Pardini Fagundes
Julia Cheik Andrade
Guilherme Teixeira Chateaubriand
Nicole Font dos Santos
Isabela Botelho Piovezan
Felippe Miranda Ribas
Madara da Silva Simões
Bruno Henrique Lima Santos
Karine Laurindo de Almeida
Helena Pereira Oliveira
Helian Nunes de Oliveira

Resumo

ANTECEDENTES: O surto de coronavírus 2019 (COVID-19) sobrecarregou os profissionais de saúde com uma quantidade significativa de estresse. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é analisar demografia e sentimentos em profissionais de saúde associados à exposição a pacientes com COVID-19. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com dados obtidos remotamente no período de 20 de março a 20 de setembro por meio de um projeto criado em março de 2020 denominado TELEPAN Saúde UFMG, que redireciona profissionais de saúde para psicólogos, psiquiatras e outros profissionais voluntários. Resumo da queixa principal, profissão, local de trabalho, horário preferencial para contato e mídia de preferência para contato foram obtidos de cada paciente. Os sentimentos foram agrupados em categorias. Em seguida, foi realizada uma análise exploratória e descritiva. RESULTADOS: A idade mediana dos pacientes foi de 36 anos (21 a 64). A maioria dos profissionais era do sexo feminino (85,45%) e vinha da atenção primária, serviços de emergência ou nível secundário de atenção (hospitais). Os profissionais da atenção básica apresentaram maior mediana de idade, enquanto os que trabalhavam em estabelecimentos de emergência tiveram a menor. Pensamentos suicidas ou necessidades emergentes estiveram presentes em 7,27% dos casos. Minas Gerais (região sudeste) teve o maior número de pacientes. Uma proporção significativa de provedores sofria de sintomas de ansiedade e exaustão (11,82%), seguido de tristeza com ansiedade. A insônia atingiu 17 profissionais (15,45%), e o medo de ser infectado, 8 pacientes (7,27%). CONCLUSÕES: As profissionais de saúde do sexo feminino de meia-idade, principalmente de estabelecimentos de atenção primária no Brasil, foram as trabalhadoras mais afetadas por ansiedade, exaustão e insônia durante o surto de COVID-19.

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Seção
Artigos