ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr



Editorial - Ano 2020 - Volume 10 - Número 2

COVID-19: O flagelo do século 21

Covid-19: The nemesis of the 21st century


A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo coronavírus, denominada COVID-19, constituía-se em uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - sendo esse o mais alto nível de alerta da Organização. Essa designação foi usada anteriormente somente em cinco ocasiões: gripe suína H1N1 (2009), poliomielite (2014), Zika (2016) e Ebola (2014 e 2019). Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi, então, caracterizada pela OMS como uma pandemia. (https://www.paho.org/bra/)

Desestruturando os sistemas de saúde e a economia dos países acometidos, a nova doença COVID-19 tornou-se o maior desafio social, econômico e médico dos tempos modernos

Como enfrentar um inimigo invisível que se manifesta de múltiplas formas? Desencadeia as mais diversas respostas orgânicas, algumas benignas, inofensivas; outras altamente letais, com grave comprometimento funcional orgânico generalizado?

Democrática na infectividade, não diferenciando ricos de pobres, sem preferência por sexo, etnia ou crença religiosa, mas imensamente antidemocrática no sofrimento que incide com muito mais intensidade nas populações carentes de todo o globo, incapazes de suportar um castigo ainda maior.

Os resultados das medidas profiláticas e terapêuticas empregadas por grupos dos vários países que já funcionaram e ainda funcionam como o epicentro da doença, estão cercados de controvérsias científicas e políticas. Ainda não foi possível atingir um consenso. Sabe-se apenas que muitos se recuperam de sintomas leves e pouco significativos e alguns, particularmente no grupo de maior risco (idosos, portadores de doenças concomitantes), evoluem para o óbito, a despeito da qualidade e da quantidade de tratamento recebido.

Solidariedade emocionante tem sido revelada. Médicos e outros prestadores de serviços de saúde sobrecarregados pelo esforço de salvar vidas, incluem-se entre os que mais se contaminam e sucumbem, mas seguem firmes, respeitando o juramento solene de tudo fazer pelo seu paciente, não importa o risco. Verdadeiros heróis!

Crises, não importa o quanto severas, passam. A ciência prevalece, mesmo que os caminhos do conhecimento sejam tortuosos e sujeitos a desvios e reveses e, ali, um pouco mais adiante, certamente estará a luz no fim do túnel.

Momentos críticos forjam homens e mulheres mais fortes e sociedades mais tolerantes e inclusivas e a revista Residência Pediátrica, abre seu espaço para a divulgação de novas ideias que possibilitem o preenchimento das lacunas e que levem tanto a um melhor controle clínico quanto a um melhor controle da propagação da infecção.

Mais uma vez, a Residência Pediátrica em conjunto com todos os demais grupos que buscam uma solução eficiente e rápida para esse problema angustiante, deseja que dias melhores cheguem em breve com o menor custo social possível.










Marilene Crispino Santos
Editora Científica


Data de Submissão: 27/05/2020
Data de Aprovação: 28/05/2020