Vivências de um trabalhador de saúde na rede de atenção psicossocial durante pandemia de COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-191-509Palavras-chave:
COVID-19, Saúde mental, EducaçãoResumo
Os serviços de saúde mental vêm passando por prejuízos e perdas na garantia da assistência integral aos usuários, por conta da pandemia da COVID-19. Este estudo trata-se de um relato de experiência sobre a vivência e sentimentos de perdas de um educador, técnico e acadêmico de Enfermagem, durante a pandemia da COVID-19, em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de um município da região sul do estado da Bahia, Brasil, no ano de 2020. Durante a referida pandemia, observaram-se perdas em trabalhos que vinham sendo realizados no CAPS, por conta do fechamento do serviço, no início, e depois abertura apenas para consulta médica, produzindo afastamento dos usuários de acompanhamento diário. Essa situação concorreu para agudização de sintomas esperados durante a pandemia, assim como, para situações de emergências psiquiátricas, sentimento de desamparo e morte, implicando em descontinuidade de práticas de cuidado e ressurgimento de processos medicalizantes na atenção psicossocial. A atenção multidisciplinar passou a ser substituída pela centralidade do cuidado na figura do médico e medicações, afetando a promoção da saúde mental. Conclui-se, pela experiência, que se torna emergente a educação permanente das equipes dos CAPS, frente aos desafios e enfrentamento de pandemias, para melhor assistir a todos que vierem a precisar de assistência e que esta seja qualificada e humanizada. Assim, a educação permanente da equipe, pode ser o ponto de partida para resistências e retomada da invenção de novas práticas em saúde mental, que dá ênfase à vida, sem reduzi-la ao diagnóstico ou sintomas.
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