Terapia Ocupacional com crianças e jovens em pandemia: análise de processos de trabalho e reflexões para uma prática emancipatória/Occupational Therapy with children and young people during pandemic: analysis of work processes and reflections for an emancipatory practice

Autores

  • Marina Di Napoli Pastore
  • Aline Godoy Vieira
  • Juliana Russo Antunes
  • Camila Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto38771

Palavras-chave:

terapia ocupacional, COVID-19, criança, jovem, Sistema Único de Saúde

Resumo

Contextualização: A partir de práticas de terapeutas ocupacionais na cidade de São Paulo, durante a pandemia do coronavírus, este artigo apresenta dois processos de trabalhos de terapeutas ocupacionais com crianças e jovens. Síntese dos elementos do estudo: análise dos processos de trabalho das profissionais no âmbito do SUS. Ferramentas específicas fundadas em uma abordagem crítica foram identificadas e descritas: análise do cotidiano com desenvolvimento de recursos adaptativos; análise de elementos da reprodução social; mapeamento, análise, proposição e legitimação de atividades significativas; articulação de recursos materiais para engajamento nestas atividades. Conclusão: Enfatizaram-se as contradições do modo de produção capitalista e das estruturas sociais ao produzir reflexões sobre uma prática situada e contextualizada.. 

Palavras-chave: Terapia Ocupacional. COVID-19. Infância. Juventude. Saúde Coletiva

 

Abstract
Contextualization: Based on the practices of occupational therapists in the city of São Paulo, during the coronavirus pandemic, this article presented two work processes of occupational therapists with children and young people. Synthesis of the study's elements: analysis of the processes of professionals in the work  within the scope of SUS. Specific tools based on a critical approach were identified and described: daily analysis and the development of adaptive resources; analysis of elements of social reproduction; mapping, analysis, proposition and legitimization of meaningful activities; articulation of material resources to engage in these activities. Conclusion: The contradictions of the mode of production and social structures were emphasized while producing reflections on a situated and contextualized practice.

Keywords: Occupational Therapy. COVID-19. Childhood youth. Collective Health

 

Resumen

Objetivo: A partir de las prácticas de los terapeutas ocupacionales en la ciudad de São Paulo, durante la pandemia del coronavirus, este artículo presentado dos procesos de trabajo de terapeutas ocupacionales con niños y jóvenes. Síntesis de los elementos del estudio: análisis de los procesos de trabajo de los profesionales, en el ámbito del SUS. Se identificaron y describieron herramientas específicas basadas en un enfoque crítico: análisis diario con el desarrollo de recursos adaptativos; análisis de elementos de reproducción social; mapeo, análisis, propuesta y legitimación de actividades significativas; articulación de recursos materiales para participación en estas actividades. Conclusión: Las contradicciones del modo de producción y las estructuras sociales se enfatizaron al producir reflexiones sobre una práctica situada y contextualizada. 

Palabras clave: Niñez. Colaboración intersectorial. Terapia ocupacional. Participación comunitaria 

Referências

Barros DD; Ghirardi MIG; Lopes RE. (1999). Terapia ocupacional e sociedade. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 10, n. 2-3, p. 71-76

Bezerra WC; Santos CF. (2017). Tecnologias de intervenção em Terapia Ocupacional Social: reflexões a partir de uma oficina de produção de fanzine no contexto prisional. Rev. Interinst. Bras. Ter. Ocup.; 1(3): 414-426. http://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto10124.

Breilh J. (2006). Epidemiologia crítica: ciência emancipadora e interculturalidade. 20 ed. Rio de Janeiro: Fiocruz

Campos CMS; Soares CB. (2013). Necessidades de saúde e o cuidado de enfermagem em Saúde Coletiva. In: Soares CB; Campos CMS (orgs). Fundamentos de Saúde Coletiva e o cuidado de Enfermagem. Barueri: Manole. p. 265-292

Castro, ED. (2005). Inscrições da relação terapeuta-paciente no campo da Terapia Ocupacional. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo. 16(1): 14-21. DOI: 10.11606/issn.2238-6149.v16i1p14-21.

Farias L; Rudman DL. (2019). Challenges in enacting occupation-based social transformative practices: a critical dialogical study. Canadian Journal of Occupational Therapy. 86(3): 243-252 http: //doi.org/10.4322/cto.2014.081

Godoy-Vieira A; Soares CB; Cordeiro L; Campos CMS. (2018). Inclusive and emancipatory approaches to occupational therapy practice in substance-use contexts. Canadian Journal of Occupational Therapy. 85(4): 307-317. http: //doi.org/10.1177/0008417418796868

IBGE. (2018). Estatísticas sociais. Estimativa população brasileira por municípios. Brasil. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/22374-ibge-divulga-as-estimativas-de-populacao-dos-municipios-para-2018

Ikiugu M; Pollard N. (2015). Meaningful living through occupation. London: Whiting and Birch.

Leitão K. (2020). “Quarentena dentro da quarentena: grupos subjugados e vulnerabilidade das infâncias na cidade”. II encontro do curso: Infâncias em tempos de pandemia. Universidade Federal do ABC. http://cursos.ufabc.edu.br/digitalplural/inovacao-social-no-combate-a-pandemia-de-covid-19/cursos/infanciasna-pandemia/

Lopes RE; Malfitano APS; Silva CR; Borba PLO. (2014). Recursos e tecnologias em Terapia Ocupacional Social: ações com jovens pobres na cidade. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional São Carlos. São Carlos.. 22(3): 591-602, http:doi.org/10.4322/cto.2014.081

Malfitano APS; Adorno RCF; Lopes RE (2011). Um relato de vida, um caminho institucional: juventude, medicalização e sofrimentos sociais. Interface: Comunicação, Saúde e Educação. Botucatu. 15 (38): 701-714. http://doi.org/10.1590/S1414-32832011005000042

Mendes Gonçalves RB. (2017). Práticas de Saúde: processos de trabalho e necessidades. In: AYRES, J.R.& SANTOS, L. (orgs) Saúde, Sociedade e História / Ricardo Bruno Mendes-Gonçalves. São Paulo: Hucitec; Porto Alegre: Rede Unida. 2017. Capítulo 10, p. 298-339

Queiroz VM, Salum MJL. (1996). Reconstruindo a intervenção de enfermagem em saúde coletiva face à vigilância à saúde. 48 o Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, Lindoia.

Schraiber LB, Mota A, Novaes HMD. (2009). Tecnologias em Saúde. In: Dicionário da educação profissional em saúde. Rio de Janeiro, Brazil: ENSP/FIOCRUZ. http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/tecsau.html

Soares CB. (2007). Consumo contemporâneo de drogas e juventude: A construção do objeto na perspectiva da Saúde Coletiva. Tese (livre docência) – Escola de Enfermagem –USP. 207p

Pastore MN. (2021), Infâncias, crianças e pandemia: em que barco navegamos? Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional. https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoEN2116

Downloads

Publicado

22-05-2022

Edição

Seção

Temas da Atualidade